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Noites eterna



Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho. Eu sou um rei que
voluntariamente abandonei O meu trono de




sonhos e cansaços. Minha espada, pesada a braços laços
Em mão viris e calmas entreguei; E meu cetro e coroa — eu
os deixei. Na antecâmara, feitos em pedaços Minha cota de malha,



tão inútil, Minhas esporas de um tinir tão fútil, Deixei-as pela fria escadaria.
Despindo a realeza, corpo e alma. E regressei à noite antiga e calma Como a paisagem ao morrer do dia ...


EdvBritto
Edvbritto
Enviado por Edvbritto em 21/03/2015
Alterado em 12/04/2015


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Imagem de cabeçalho: inoc/flickr